No entanto, a previsibilidade do que vai acontecer é secundária em Premonição. O que vale o preço do ingresso são as cenas do acidente (de avião, na estrada, na montanha-russa, corrida de carros e, agora, numa ponte) e, claro, as violentíssimas mortes dos personagens, potencializadas na versão 3D. E neste quesito já houve de tudo, desde meninas eletrocutadas durante um bronzeamente artificial, a pessoas empaladas pela bandeira.
Em Premonição 5 estreando também em versões 3D e dubladas, é o coitado Sam (Nicholas D'Agosto) que tem uma visão sobre a queda da ponte onde seu ônibus está parado. Os ventos fortes fazem a construção vir abaixo, para agonia dos colegas de trabalho de Sam, que morrem das piores formas. Como nas produções que a antecederam, o rapaz consegue salvar seus amigos, sem saber que se trata de um esforço temporário, já que a morte virá buscá-los de qualquer forma.
O quinto filme da franquia, porém, faz uma ligeira mudança na receita para aumentar o conflito dos personagens: se um deles assassinar uma pessoa, ficará com os anos de vida de sua vítima. Isto é, para não morrer, a pessoa deve escolher alguma para a morte levar em seu lugar. Situação que fará Peter (Miles Fisher), o amigo de Sam, enlouquecer, relativizando a moralidade dos personagens.
Como capítulo final, pelo menos por enquanto, Premonição 5 encerra o ciclo da série com um desfecho auto-elogioso. Até mesmo nos créditos finais, os produtores colocaram as "melhores" cenas de morte de Premonição.
Embora seja um produto voltado para adolescentes, trata-se de um daqueles típicos filmes de suspense e vísceras que paradoxalmente atraem e repelem os espectadores de todas as idades. Não por acaso, o público torna-se pouco sensível ao horror das mutilações, muitas vezes rindo do azar imposto aos protagonistas. Enfim, é para quem tem estômago forte e passividade diante da crueldade.
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