quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Crítica de Portugal para "Premonição 5"



Dentro do cinema “slasher” (expoente mais comercial do terror onde adolescentes são mortos por um assassino invencível), a série ‘Final Destination’ tem se vindo a caracterizar por um estranho desiquibrio. O seu conceito e a sua fórmula são originais e difere em inúmeros pontos das sagas mais tradicionais: o seu vilão é invisível, as mortes são criativas e existe a lógica distorcida do destino. Mas a fórmula em que é habita consegue ser ainda mais rígida que a de um ‘Friday the 13th’. Os filmes repetem-se vezes sem conta, e em vez de se seguirem, recomeçam sempre as histórias do zero.

No quinto filme, temos um grupo de funcionários de uma empresa que sobrevive a um terrível desastre numa ponte, graças à premonição de um deles. Mas a morte não gosta de ser enganada, e por tal, vai buscá-los na ordem em que deviam ter morrido.

Obviamente, o filme passa por todos os passos de descoberta que os outros 4 filmes já passavam: da relutância inicial à paranóia final, passando pela redundante conversa com o médico legista (sempre interpretado por Tony Todd). Isto é uma pena, considerando que o imaginário tem um grande potencial. O argumento deste quinto filme revela um pouco mais sobre as regras do “plano” que a morte segue, e organiza melhor as suas personagens.

Infelizmente, o filme sai traído por um elenco terrível que afunda algumas das supostas cenas mais dramáticas (como o confronto final entre os protagonistas que se torna idiota) do relato.


No entanto, para mérito de Steven Squale (realizador de segunda unidade de ‘Avatar’), ‘Final Destination 5´é tecnicamente e artisticamente mais bem executado que as sequelas mais recentes da série. O 3D é sóbrio quando necessário e eficaz quando obrigatório (oferece dois saltos na cadeira), e o ritmo do filme é mais próximo do original de James Wong e da sua interesse sequela.

Isto beneficia, acima de tudo, a atracção principal: as sequências de morte. A cena envolvendo uma clínica de massagens é atmosférica, a cena do ginásio joga inteligentemente as expectativas. A melhor passa-se numa clínica de oftalmologia – uma sequência que arrepiará os mais sensíveis. Mesmo a sequência de catástrofe inicial na ponte é das mais bem conseguidas da série – com um aparato realista e impressionante.


‘Final Destination 5’ é um prazer sádico como os demais da saga. Mais organizado, mas não mais ambicioso.

Esta é a lógica distorcida de ‘Final Destination’. No final, o que mais importa é o sadismo do espectador e se fica satisfeito. Nesse ponto, este quinto filme é sangrento e elaborado o suficiente. Felizmente, também é um produto organizado e digno, ao que apenas falta assumir-se mais como uma sequela e seguir em frente a história do que repetir a base como se fosse um ‘remake’. A personagem de Tony Todd aparece em quase todos os filmes e faz sempre a mesma coisa.

Um apontamento para uma “contextualização” que serve de surpresa à recta final do filme (spoilers). A ideia é boa e é uma boa recompensa para os fãs da série e dá um tom de compromisso ao filme. No entanto, é algo vazia de significado e fica na ideia o mesmo truque narrativo que ja tinha sido usado, com muito mais engenho, em ‘Paranormal Activity 2’.

O Melhor: O entretenimento ‘gore’ está aqui mais afinado e com mais classe.
O Pior: Quando é que esta história anda para a frente?


Fonte: C7nema

Um comentário:

  1. eu sou de portugal e o filme estreou hoje aqui e foi ver ao cinema e a sala estava cheia de gente para ver o filme,e o melhor da saga!!!
    aqui o filme nao se chama premoniçao tem o nome mais original ''ultimo destino 5''

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